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AARON HERNANDEZ

Por Andrezza Ferrigno


Aos 16 anos, Aaron Michael Hernandez perdeu seu pai, Dennis Hernandez, um esportista condecorado da Universidade de Connecticut. Um ano após da morte dele, Aaron recebeu uma bolsa de estudos na universidade da Flórida, por possuir um porte físico acima da média, para um rapaz de 17 anos, e logo se destacou no time de futebol americano dos Gators, seguindo os passos de seu pai. Aaron teve seu primeiro problema com a justiça um ano após se destacar no time universitário, e foi interrogado sobre um incidente com armas de fogo que deixou duas pessoas baleadas após uma briga de bar. Além desse fator, também foi suspenso por violar a política de substâncias ilícitas e foi flagrado sob o uso de maconha na universidade. Em 2010, o jogador foi para o Draft da NFL, um evento anual onde analisam e recrutam jogadores universitário. Foi visto pela maioria dos especialistas como o melhor tight end (uma posição ofensiva do futebol americano), disponível naquele ano. Com 20 anos, era o jogador mais jovem no elenco de qualquer time, e com seu forte desempenho no time, a estrela recebeu um contrato de 40 milhões de dólares com cinco anos de duração, e era apontado como o futuro da liga. A primeira acusação de assassinato surgiu em 2012, quando Aaron se envolveu em um caso de duplo assassinato na saída de uma boate em Boston. O jogador foi o principal suspeito de ter matado duas pessoas, e também por balear seu amigo, Alexander Bradley. O motivo da agressão seria para ele não contar as autoridades o que havia acontecido. Hernandez acabou sendo inocentado deste caso em abril de 2017, após comprovar por mensagens apagadas do celular de Bradley, que o mesmo não tinha certeza se Aaron estava envolvido. Em 2013, Hernandez foi acusado de assassinar Odin Lloyd, outro jogador de futebol. Odin costumava levar maconha para fumar com Aaron. Em 17 de junho desse mesmo ano, Llyod foi encontrado morto com seis tiros, apenas dois de quilômetros da mansão de Hernandez e com as chaves de um carro alugado pelo jogador. No entanto a arma do crime nunca foi encontrada. Shayanna Jenkis, noiva de Hernandez, teria feito um acordo com a justiça e por isso não poderia ser acusada pelas informações que revelaria. Ela teria sido responsável por eliminar a arma do crime, a pedido do noivo, e retirar uma caixa da mansão e jogá-la em uma lixeira, sem saber o que havia dentro. As câmeras mostram Hernandez chegando com um objeto preto em mãos cerca de dez minutos após a morte - assume-se que o objeto era a arma usada para matar Odin. Após o julgamento, Hernandez foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de primeiro grau de Lloyd, sem direito à liberdade condicional. Em 19 de abril de 2017, Aaron foi encontrado morto no Centro Correcional Baranowski, onde cumpria pena, e as autoridades de Massachusetts confirmaram o motivo da morte como suicídio. Sua história deu origem a uma série da Netflix "Killer Inside: The Mind of Aaron Hernandez", um documentário de três episódios, que possui entrevistas com amigos do atleta, jogadores e pessoas do meio em busca de respostas pelos motivos e causas do assassinato.

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