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ASSASSINO DO ZODÍACO: O SERIAL KILLER QUE NUNCA FOI IDENTIFICADO

Por Camille dos Santos


Até os dias atuais, o caso do Assassino do Zodíaco permanece sem resolução. Comprovadamente, ele é responsável por seis mortes ocorridas na Califórnia, nos EUA, no final dos anos de 1960. Ainda assim, ele se dizia responsável por tirar a vida de 37 pessoas.

O assassino se comunicava por meio de cartas cheias de enigmas que enviava a jornais locais – alguns desses enigmas não foram decifrados até hoje. O fato é que Zodíaco, apelido que deu a si mesmo, ainda é um completo desconhecido.


Devido à sua popularidade, muita gente chegou a se entregar à polícia dizendo ser o criminoso, mas o verdadeiro Zodíaco ainda não foi capturado, e tudo o que se sabe sobre a aparência dele é um retrato-falado feito com a descrição das duas únicas vítimas que sobreviveram aos seus ataques.


O que se sabe, é que ele fez sete vítimas na região norte da Califórnia, Estados Unidos durante 10 meses, no final dos anos 1960. As pessoas eram, normalmente, jovens que estavam entre 16 e 29 anos, e foram baleadas ou esfaqueadas pelo Zodíaco.


Acredita-se que a primeira vítima de Zodíaco tenha sido Cheri Jo Bates, uma estudante universitária de Riverside, na Califórnia. Cheri foi morta do lado de fora da biblioteca do campus onde estudava, no dia 30 de outubro de 1966. Enquanto a jovem estava na biblioteca, o assassino sabotou seu carro e ficou à espreita da moça que, depois de não conseguir ligar o veículo, acabou aceitando a ajuda e uma carona do assassino.


Antes de Cheri morrer, ela ficou uma hora na companhia de Zodíaco. Depois ele a matou com três facadas no peito, uma nas costas e sete no pescoço, quase chegando a decapitá-la. Ela também foi asfixiada e apanhou muito no rosto. Não foram encontrados sinais de estupro no corpo da vítima.


Um mês após a morte de Cheri, a primeira carta do assassino foi enviada ao jornal local. Depois disso, mais cartas foram enviadas, agora não apenas para a imprensa, mas também à polícia e ao pai de Cheri. Nessa segunda carta, Zodíaco dizia “Bates tinha que morrer. Haverá mais mortes”, em uma tradução livre.


Outro assassinato promovido por Zodíaco chocou a cidade de Vallejo, também na Califórnia. No dia 20 de dezembro de 1968 um casal de adolescentes estacionou o carro em um lugar conhecido por atrair casais apaixonados. Lá, Zodíaco atirou contra a cabeça de David Faraday enquanto ele ainda estava sentado no carro. Depois, atirou cinco vezes contra Betty Lou Jensen, quando ela estava do lado de fora do veículo, provavelmente tentando fugir.


A polícia acredita que Zodíaco atacou outro jovem casal no dia 4 de julho de 1969. Mike Mageau e Darlene Ferrin estavam em Vallejo quando foram baleados. Mageau sobreviveu, mas sua namorada morreu na hora. Nesse período, Zodíaco escreveu mais cartas para jornais da região, repassando alguns detalhes do crime.


Zodíaco escreveu uma mensagem codificada, que dividiu em várias partes; cada uma delas foi enviada a um jornal diferente. A mensagem era clara: se os jornais não publicassem os códigos em seus impressos, haveria mais pessoas assassinadas. A carta foi finalizada com um símbolo estranho, que acabou virando uma espécie de “brasão” do assassino.


A mensagem codificada foi decifrada graças à ajuda de um professor de Salinas, no mesmo estado. O conteúdo revelava detalhes perturbadores da mente psicopata de Zodíaco, que afirmou que gostava de matar pessoas “porque isso é tão divertido” e revelou, ainda, acreditar que suas vítimas se tornariam seus escravos depois que ele morresse também.

O apelido “Zodíaco” foi adotado pelo assassino em agosto de 1969, em uma carta que ele enviou ao jornal San Francisco Examiner. No dia 27 de setembro daquele mesmo ano, o assassino voltou a agir, escolhendo mais um jovem casal que passeava à noite. Dessa vez, nada de tiros: Zodíaco esfaqueou os dois várias vezes. Cecelia Shepard não resistiu aos ataques e morreu dois dias depois, mas seu namorado, Bryan Hartnell, sobreviveu.


No carro de Hartnell, Zodíaco deixou um bilhete informando as datas dos assassinatos anteriores, como uma forma de comprovar sua identidade. Os dois sobreviventes ajudaram a polícia a criar um retrato-falado do assassino, que foi descrito como um homem branco, robusto e que deveria ter seus quase 30 anos, de cabelo curto castanho e óculos. As vítimas afirmaram também que, durante os ataques, Zodíaco usava uma espécie de capa.


Outra vítima do psicopata foi um motorista de táxi, que levou um tiro no dia 11 de outubro de 1969, apenas algumas semanas depois do último ataque. No dia 13 de outubro, Zodíaco enviou outra carta, dizendo que havia realmente matado o taxista e que estava preparando um ataque de bomba em um ônibus escolar, para matar várias crianças ao mesmo tempo. Felizmente, essa promessa acabou não sendo cumprida.


Os assassinatos eram minimamente planejados, tanto pelo fato de dois sobreviventes relatarem que foram observados e perseguidos por um homem, quanto por ele nunca ter sido pego pelos crimes. O criminoso nunca deixou suas impressões digitais nas vítimas e nos locais em questão.


Além disso, o Assassino do Zodíaco passou a desafiar a polícia e a imprensa locais. Ele enviou uma série de cartas ameaçadoras para jornais, incluindo quatro criptogramas, dos quais apenas um foi decodificado. A primeira combinação possuía 408 símbolos, ou seja, era difícil de ser entendida.


O serial killer nunca foi preso. As autoridades chegaram em Arthur Leigh Allen, um ex-professor que usava um relógio da marca Zodiac e teria lido um conto ao qual uma das cartas fazia referência. Também foi reconhecido em fotos por um dos sobreviventes, em 1991, mas em 1992 ele morreu, sem nem ter sido indiciado porque as provas não foram consideradas conclusivas.


Em abril de 2004, o caso foi fechado pela Polícia de São Francisco por falta de evidências, deixando-o inativo. Acabaria sendo aberto novamente em 2007 e até hoje continua sem uma conclusão definida.


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