Por Gabriel Belic
Recentemente o Gabinete publicou uma matéria explicando o que são os chans, fóruns extremistas frequentemente associados a tiroteios e massacres. Dessa forma, decidimos abordar casos famosos que aconteceram no Brasil.
Atirador do Morumbi
Mateus da Costa Meira, mais conhecido como atirador do Shopping Morumbi, entrou numa sala de cinema que exibia o filme “Clube da Luta” no dia 3 de novembro de 1999, matando três pessoas e ferindo outras quatro, além de instaurar o caos e o medo na vida de mais dezenas de pessoas que estavam no local. Em sua defesa, foi alegado que ex-estudante de medicina possuí distúrbios mentais e que o uso de drogas possivelmente influenciou diretamente a ação de Mateus.
Após tentar esfaquear o companheiro de cela, Mateus foi transferido para uma unidade prisional destinada ao cumprimento de medidas de segurança que encarcera diversos detentos com problemas mentais. Ano passado Mateus passou por exames nos quais o laudo foi favorável para desinternação. De acordo com o resultado, “encontra-se compensado, funcional, sem qualquer alteração de comportamento que indique periculosidade”. Entretanto, a medida foi vetada pelo Ministério Pública.
Atirador de Realengo Wellington Menezes de Oliveira, mais conhecido como atirador de Realengo, entrou na sua antiga escola, localizada no bairro de Realengo, e matou 12 crianças, além de deixar 17 feridos. Além disso, Wellington suicidou-se após o massacre, deixando uma carta de suicídio dando instruções de como retirar o seu corpo.
Há suspeita de que a motivação do tiroteio tenha sido o bullying que Wellington sofreu na escola. Ademais, em diversos momentos da investigação, revela-se que o jovem possivelmente possuía relação com fundamentalismo religioso, deixando isso quase explícito em alguns momentos da sua carta de suicídio. Em outros momentos da investigação descobriu-se que Wellington frequentemente pesquisava sobre terrorismo em seu computador.
Atiradores de Suzano
Guilherme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro, mais conhecidos como atiradores de Suzano, invadiram sua antiga escola, a Escola Estadual Raul Brasil, e mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias. Ambos atiradores se suicidaram após o massacre. Como foi explicado nas matérias dos chans, os jovens planejaram todo massacre nos fóruns da deep web que participavam, fóruns que esbanjam misoginia, homofobia, racismo e incitação de ódio contra outras minorias.
Há grande indício que os assassinos tenham seguido os passos dos atiradores de Columbine, massacre ocorrido nos Estados Unidos em 1999 que deixou treze mortos. Tanto Guilherme quanto Luiz utilizavam a mesma “estética” dos dois estudantes de Columbine, além da semelhança da história dos atiradores.
Luiz e Guilherme eram vizinhos e testemunhas contam que o lar de Guilherme era desestruturado, enquanto a de Luiz aparentava ser normal. Entretanto, uma vizinha revelou ao El País que Luiz era o mais explosivo e Guilherme era calmo pelas aparências.
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