Por Gabriel Belic
Elizabeth Bathory, mais conhecida como Condessa Sangrenta, nasceu no dia 7 de agosto de 1560, sendo parte de uma prestigiada família húngara. Na sua infância, passou por episódios de inconstância no humor, juntamente de convulsões e ataques de raiva. Quando completou 15 anos, casou-se com Ferenc Nádasdy, que passava muito tempo longe de casa em campos de guerra. Nesse período, enquanto Ferenc estava distante, circulavam boatos de que a condessa torturava seus servos como punição. Há rumores de que seu marido também participasse do sadismo da esposa, apresentando a ela técnicas de tortura, como despir o corpo da vítima e cobri-lo com mel para que insetos pudessem se aproveitar.
Em 1604, Elizabeth tornou-se uma mulher viúva e a partir desse momento, tornou-se também uma sádica assassina. Vale lembrar que o cenário da Hungria já era pavoroso pelo seu momento histórico, uma vez que a região passava por guerras. Bathory não se contentava mais em apenas maltratar seus servos e, dessa forma, passou a seduzir e/ou sequestrar camponesas próximo ao seu castelo. No geral, suas vítimas eram garotas virgens, com a faixa etária entre 10 a 14 anos, que eram atraídas com a promessa de um trabalho no castelo da condessa. Após “conquistar” a garota, Bathory torturava e matava a vítima.
Alfinetes cravados nas unhas e mamilos, dedos mutilados, espancamento, queimação e açoitamento eram algumas das torturas de Elizabeth. No inverno, a condessa despia suas vítimas, derramava água sobre elas e fazia com que as jovens andassem pela neve, matando-as de frio. A assassina também deixava de alimentar as jovens, que muitas vezes morriam de fome.
Com o tempo, criou-se uma lenda em torno da condessa Bathory que originou seu apelido de Condessa Sangrenta: Elizabeth passou a banhar-se no sangue das virgens numa tentativa de retardar o envelhecimento. Entretanto, não há provas históricas de que isso realmente tenha acontecido.
No início do século 17, uma queixa pública contra Elizabeth foi apresentada na corte de Viena. Em 1610, o Palatino da Hungria, György Thurzó, deu início à investigação. Há quem diga que ao visitar a residência da condessa, György encontrou uma sala de tortura e alguns cadáveres. Dessa maneira, Bathory foi considerada culpada. Por ser de origem nobre, a condessa ficou impune da pena de morte, sendo sentenciada à prisão perpétua. Dorotya Semtész, Ilona Jó, Katarína Benická e János Újváry, cúmplices de Elizabeth, foram condenados à pena de morte, executados na fogueira. Em 1614, a condessa foi encontrada morta.
Algumas teorias dizem que Elizabeth Bathory nunca foi assassina e que tudo isso não passa de uma invenção da época por rumores e politicagem. Para alguns autores, a presença de uma mulher no poder poderia incomodar muitos indivíduos. Os mesmos alegam que todos os corpos encontrados no seu castelo foram forjados. Mesmo assim, Elizabeth Bathory é considerada a maior serial killer de todos os tempos.
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