Por Isabella Scala
Jack Unterweger não teve uma infância estável. Sua mãe, uma garçonete austríaca, descrita por muitas fontes também como uma prostituta, foi presa quando ele tinha apenas 2 anos por fraude. Jack foi viver com o avô em Caríntia, na Áustria, que o obrigava a ajudá-lo a roubar gado das fazendas vizinhas.
Jack passou grande parte da sua juventude entrando e saindo da prisão. Seguindo os passos da mãe, o assassino trabalhou como garçom de 1966 a 1974. No seu tempo livre, ele cometia crimes. Ele foi condenado por 16 crimes, como proxeneta, roubo e assédio sexual.
Em 1974, Jack cometeu o seu primeiro assassinato. Ele matou a alemã Margaret Schäfer ao estrangulá-la com o seu próprio sutiã. Ele foi condenado à prisão perpétua.
Enquanto preso, ele escreveu contos, poemas, peças e uma autobiografia (Purgatório ou a Viagem para a Prisão: O Relato de um Homem Culpado, em tradução livre). Em 1985, iniciaram uma campanha para soltarem Unterweger da prisão. Quem era a favor, argumentava que ele seria um ótimo candidato para a ressocialização social. Diversas personalidades famosas eram a favor da campanha. O assassino foi solto em 1990, depois de cumprir 15 anos da sua pena.
No mesmo ano que o assassino foi solto, diversas mulheres apareceram estranguladas com os seus próprios sutiãs pela Europa. Uma investigação foi iniciada e a polícia desconfiava que Jack Unterweger fosse o culpado. Ele matou uma prostituta na Checoslováquia, e mais sete na Áustria. Jack passou um tempo como repórter em Los Angeles, onde ele escreveu artigos comparando a prostituição na Europa e nos Estados Unidos. Durante seu tempo nos EUA, ele matou mais três mulheres, seguindo o seu modus operandi.
Quando a polícia austríaca teve evidências suficientes para prender Unterweger pelos crimes, ele já havia fugido. Ele e a sua namorada, Bianca Mrak, passaram pela Suíça, França e Estados Unidos, até o serial killer finalmente ser preso em Miami, nos Estados Unidos, em 1992.
Jack Unterweger foi preso e acusado de 11 assassinatos, sendo condenado por nove deles. Ele foi analisado por psiquiatras e diagnosticado com Transtorno de Personalidade Narcisista. Ele foi, novamente, condenado a prisão perpétua. O assassino se matou ao se estrangular com o mesmo nó que ceifou a vida das suas vítimas.
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