Por Andrezza Ferrigno
Myra Hindley e Ian Brady, um casal de serial killers, escandalizaram o mundo após as autoridades descobrirem que foram responsáveis pelas mortes de várias crianças. Estima-se que o casal tenha feito mais de cinco vítimas, sendo que quatro delas foram abusadas sexualmente e uma o corpo nunca foi encontrado.
Myra Hindley teve uma infância aparentemente normal e sempre demonstrou ser uma menina tranquila. Já Ian Brady desde muito cedo demonstrava ser um menino rebelde, era um cara extremamente inteligente, com um QI acima da média, porém quando adolescente ele vagabundeava com os estudos, passando a se interessar apenas e de forma obsessiva pela ideologia ariana de Hitler, colecionando peças com suásticas, lendo “Mein Kampft” direto do alemão e sendo conhecido como um fanático do nazismo. Aos 16 já tinha em sua lista três prisões por roubos. E era conhecido na região por seu sadismo com animais, chegou a fazer um buraco no chão e jogou um gato dentro, cobrindo o buraco com uma pedra para saber quanto tempo o gato levaria até morrer de inanição.
O casal se conheceu em 1961, em Manchester. Em seu diário, Hindley revelou que a paixão foi imediata e que para conquistar Brady, ela descoloriu o cabelo de loiro para atingir a perfeição ariana que o namorado estimava. Com o passar do tempo a relação foi ficando cada vez mais conturbada, até que Brady sugeriu que eles deveriam cometer um assassinato.
Em 1963, o casal fez a sua primeira vítima chamada Pauline Reade, de 16 anos. Hindley ofereceu uma carona a garota, e a levou para o pântano de Saddleworth, onde Brady a violentou sexualmente e posteriormente a degolou. Alguns meses depois Hindley avistou em um supermercado a próxima vítima, um garoto de 12 anos chamado John Kilbride. A assassina o atraiu até o pântano, onde seu parceiro estuprou a criança. Brady se encarregou de matá-lo e seu corpo foi enterrado em Saddleworth, ao lado de Reade.
Um ano depois, enquanto Hindley dirigia pelo centro de Manchester, Brady pediu para estacionar o carro e forçou Keith Bennett, de 12 anos, a entrar no veículo, o casal levou a vítima ao pântano, onde repetiram os crimes da mesma forma.
Já em dezembro de 1964, forçaram Lesley Ann Downey, de apenas 10 anos, a tirar fotos íntimas com Brady. Após horas de tortura, o casal a matou e a enterrou no pântano.
O assassinatos chegaram ao fim no dia 2 de outubro de 1965, quando a dupla assassinou Edward Evans, de 17 anos, que haviam seduzido em um bar. Na ocasião, David Smith, cunhado de Myra, apareceu de surpresa e no dia seguinte denunciou o crime às autoridades.
De acordo com os escritos encontrados no diário de Hindley, a serial killer se excitava sexualmente com os estupros de Brady. Em depoimento ela disse, ainda, que a motivação do casal era o desejo de cometer o crime perfeito.
O casal foi condenado à prisão perpétua pelos assassinatos e Brady, posteriormente foi diagnosticado com psicopatia. Considerado um risco para a sociedade, em 1985 foi encaminhado a um hospital de alta segurança. Hindley morreu em 2002, aos 60 anos, enquanto Brady faleceu em 2017, aos 79 anos.
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