Por Gabriel Belic
Beverley Gail Alitt nasceu no dia 4 de outubro de 1968, em Grantham, Reino Unido. Poderia ser mais uma pessoa comum entre toda população da pequena cidade na Inglaterra. Entretanto, em 1991, Beverley matou quatro crianças.
Beverley desde cedo era internada por doenças inventadas, além de simular ferimentos e possuir um comportamento inconstante. As invenções tomaram uma proporção tão grande que a jovem convenceu um médico a retirar o apêndice saudável, que, posteriormente, teve uma recuperação cirúrgica demorada, já que Beverley tirava todos os curativos.
Contratada como enfermeira temporariamente por seis meses, Beverley fez sua primeira vítima na ala infantil do hospital Grantham and Kesteven, Liam Taylor, um bebê de sete semanas de idade. Liam possuía pneumonia leve e, estranhamente, morreu de insuficiência cardíaca.
Logo depois, Timothy Hardwick, um garoto de 11 anos com deficiência física e mental, teve um ataque epiléptico e foi atendido por Beverley. Três horas depois, Timothy estava morto por uma parada cardíaca, de forma completamente inesperada. Cinco dias depois, Kayley Desmond, uma bebê de apenas 1 ano, foi levada ao hospital com o peito congestionado. Atendida pela enfermeira ‘anjo da morte’ – como posteriormente Beverley ficou conhecida –, também teve uma misteriosa parada cardíaca. Entretanto, a reanimação de Kayley foi obtida com sucesso e, assim, foi transferida para outro hospital, que localizou uma injeção de bolha de ar na vítima. Contudo, foi dado como uma injeção acidental.
Sem suspeitas, Beverley continuou agindo. Katie e Becky, gêmeas prematuras, foram transferidas ao hospital Grantham and Kesteven. Atendidas por Beverley, receberam insulina da enfermeira. Becky morreu e Katie conseguiu resistir, mas ficou com sérias sequelas. Para piorar, a mãe das garotas, feliz pela “preocupação” da enfermeira, convidou Beverley para ser madrinha de Katie. Beverley aceitou.
A última vítima foi Claire Peck, de um ano de idade. Chegou ao hospital com crise de asma e foi atendida pela enfermeira ‘anjo da morte’. Beverley deu à criança uma injeção de potássio e lidocaína. Claire foi mais uma vítima de um misterioso ataque cardíaco. O padrão de mortes inconclusivas levou a uma investigação, que buscou até mesmo por uma epidemia hospitalar. Em exames, a presença de lidocaína – que é incomum em bebês – finalmente apontou para um assassinato. Depois de uma observação de um comportamento padrão, Beverley foi presa.
Beverley foi diagnosticada com Síndrome de Münchausen e foi acusada por quatro homicídios, onze tentativas de assassinato e onze lesões corporais graves. As doenças inventadas por Beverley causaram atraso no julgamento. Após dois meses de julgamento, recebeu treze condenações à prisão perpétua.
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