Por Gabriel Belic
No dia 20 de agosto de 1966, dois técnicos em eletrônica foram encontrados mortos, já em estado de decomposição, no alto do Morro do Vintém. Manoel Pereira da Cruz, 32 anos, e Miguel José Viana, 34 anos, não apresentavam nenhum sinal de violência e, estranhamente, trajavam ternos, capas de chuva e máscaras de chumbo. Perto dos cadáveres, havia uma garrafa de água vazia, duas toalhas molhadas e um bloco de anotações. “16:30 Hs. está local determinado. 18:30 Hs. ingerir cápsula após efeito, proteger metais aguardar sinal máscara”, era a curiosa frase que estava escrita em um bilhete que foi encontrado no bolso de um dos rapazes.
Voltando no dia 17 de agosto, quando Manoel e Miguel ainda estavam vivos saindo da sua cidade, os dois visitaram o dono de uma loja de eletrônicos, compraram capas de chuva e uma garrafa de água. Segundo a garçonete que atendeu os rapazes, Miguel aparentava estar ansioso, olhando o relógio sem parar. Os dois ingressaram na viagem com uma grande quantidade de dinheiro, entretanto, nada foi encontrado juntamente aos corpos. Além disso, ambos técnicos falaram à família que iriam até São Paulo para comprar um carro e equipamentos de trabalho.
Durante a investigação, os corpos foram escaneados com intuito de achar algum material radioativo, o que explicaria a proteção das máscaras de chumbo. Curiosamente, nada foi encontrado. Sobre o mistério das cápsulas, pelo estado de decomposição que os cadáveres já se encontravam, não era possível realizar um exame toxicológico, então, até hoje permanecemos na dúvida se os dois ingeriram a tal cápsula às seis e meia da tarde.
Devido ao mistério do caso, é claro que surgiram inúmeras teorias da conspiração. Uma das teorias mais famosas alega que Manoel e Miguel iriam se encontrar com extraterrestres e utilizavam a máscara para se proteger da radiação e dos raios luminosos emitidos pela nave. Para endossar a teoria, é claro que moradores do local declararam que avistaram OVNIS naquele dia. Porém, a teoria mais aceita é do amigo dos técnicos, que disse que os colegas participavam de uma seita religiosa científico-espiritualista, o que se encaixa com as publicações de esoterismo e espíritos encontradas na casa dos falecidos.
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