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PASSO DYATLOV

Por Andrezza Ferrigno


Incidente do Passo Dyatlov foi um acontecimento que resultou na morte de nove esquiadores ao norte dos montes Urais, na antiga União Soviética, na noite de 2 de fevereiro de 1959. O incidente aconteceu na costa leste da montanha Kholat Syakhl, que em mansi significa "Montanha dos Mortos". Desde o ocorrido, o passo de montanha é chamado de Passo Dyatlov, em homenagem ao líder grupo, Igor Dyatlov.


Em 20 de fevereiro, depois que familiares dos viajantes exigiram uma operação de resgate, os administradores do instituto enviaram as primeiras equipes de busca, formadas por alunos e professores voluntários. Posteriormente, o exército e forças policiais foram envolvidas, com aviões e helicópteros requisitados a juntar-se à operação.


Em 26 de fevereiro, as equipes de busca encontraram o acampamento abandonado em Kholat Syakhl. A barraca estava arruinada, e um conjunto de pegadas seguiam até a margem de um bosque próximo, estando cobertas por neve. Na beira da floresta, sob um grande pinheiro, foram encontrados os restos de uma fogueira, juntamente com os primeiros dois corpos, descalços e usando apenas roupa de baixo. Entre o pinheiro e o acampamento estavam outros três corpos, mortos em posição que sugeria que estivessem tentando voltar às barracas. Eles foram encontrados separadamente, a distâncias de 300, 480 e 630 metros do pinheiro.

A busca pelos quatro esquiadores restantes levou mais de dois meses. Eles foram encontrados em 4 de maio, debaixo de quatro metros de neve, em uma ravina embrenhada na mata próxima ao pinheiro.


Um inquérito foi aberto após o surgimento dos cinco primeiros corpos. Um exame médico não encontrou ferimentos que pudessem ter provocado as mortes, sendo concluído que todos morreram de hipotermia. Um dos corpos apresentava uma pequena fissura no crânio, inicialmente não considerada um ferimento fatal. O exame dos quatro corpos encontrados em maio mudou completamente o cenário. Três deles apresentavam ferimentos fatais, sendo dois com fraturas cranianas e dois com fraturas torácicas. A força necessária para provocar tais ferimentos teria de ser extremamente alta. Os corpos não traziam feridas externas, como se tivessem sido esmagados por um alto nível de pressão. Apenas um dos mortos tinha um ferimento externo considerável, estava sem a língua. A análise das roupas identificou que elas continham um elevado nível de radiação.


Por falta de testemunhas e as investigações subsequentes acerca da morte dos esquiadores inspiraram intensas especulações. Investigadores da época determinaram que os esquiadores rasgaram suas barracas de dentro para fora, fugindo a pé sob forte nevasca.


As autoridades soviéticas determinaram que uma "força desconhecida" provocara as mortes. O acesso à região foi bloqueado a esquiadores e aventureiros por três anos após o incidente. Devido à ausência de sobreviventes, a cronologia dos eventos ainda permanece incerta.


O inquérito foi oficialmente encerrado em maio de 1959 devido à "ausência de parte culposa". Os documentos relativos ao caso foram então arquivados, sendo divulgados ao público somente na década de 1990, ainda assim em fotocópias com diversas partes ausentes.

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